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A arquitetura moderna brasileira surgiu de modo peculiar e distinto, favorecido pela absorção de conceitos essenciais à arte e literatura modernas a partir das vanguardas européias e pela destreza de personagens singulares como Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, João Batista Vilanova Artigas. Como as origens da arquitetura moderna brasileira estão ligadas a Semana da Arte Moderna de 1922, foi possível o desenvolvimento de uma arquitetura intrinsecamente vinculada à arte, e, por vezes, vista como obra de arte. Solidificaram-se em uma unidade independente, a arquitetura, o paisagismo, a escultura, a pintura, a literatura, alcançando o admirável cálculo estrutural, e dessa maneira, se tornou impossível falar de um sem se lembrar dos demais.
O complexo, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2016, é formado pelos edifícios e jardins do antigo Cassino, hoje Museu de Arte da Pampulha, da igreja São Francisco de Assis, da Casa do Baile, que se transformou em Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design; da antiga residência de Juscelino Kubitscheck, atual Casa Kubitschek e do Iate Golfe Clube, atual Iate Tênis Clube. Segundo o Dossiê de candidatura do Conjunto do Moderno da Pampulha, escrito em 2014, além desses cinco edifícios, o bem é composto pelo espelho d’água e pela parte da orla da lagoa onde os edifícios se encontram. O lago é considerado elemento articulador da unidade do chamado “Conjunto Moderno da Pampulha” (DOSSIÊ: 14).
Colaboradores: Társila Salgado
Data: Abril de 2022
Cidade: Belo Horizonte
Características: Utópicas, futuristas